Silêncio 001

Vivemos em tempos onde expressar sua opinião pode ser fatal pelas coisas mais fúteis possíveis, somos levados a um quadro de separação por conflitos irrelevantes que nos impacta nos diversos campos da vida. Com tudo isso seria simples poder agir de uma maneira com a qual sua opinião pudesse atingir as pessoas a refletirem a respeito... O Silêncio, essa poderosa arma pode atingir a todos em seu âmago levando a perspectivas mais elevadas... Por que eu gastaria meu tempo discutindo sobre algo que não trará nenhum retorno? Minha vizinha certa vez comentou sobre minhas flores serem lindas... Como poderia eu dizer sobre toda a bagagem de conhecimento que tenho com impeto de maneira a transmitir a ela não somente uma paixão em comum, mas a importância que reservo a questão. Inútil perder tempo em transmitir algo que o outro não está disposto a receber, afinal, até minha companheira frequente e rotineiramente se cansa das minhas estórias. Ainda neste episódio e respondendo a minha vizinha, me calei sobre a tentativa de me expressar com afinco, afinal tenho testado o silêncio como ferramenta para refletir em minhas ações e metas que posso alcançar. Em resumo, fiz algo sem pensar e que não merece explicações, peguei um pequeno vaso com uma flor e a presentiei. Neste ponto comecei a criar teorias sobre essa minha ação, o que esperar de retorno, quais seriam minhas ambições neste gesto? fiz por fazer, sem compromisso ou obrigação, apenas com o intuito de divagar na questão e observar os fatos. A questão bateu tão forte que me vi refletindo por que comecei a cultivar plantas, o que procurava? Acho que devo escrever a tempo o suficiente para descrever isso em outra oportunidade. Passado um tempo, minha vizinha, uma senhora de fala mansa e papo agradável me enviou uma mensagem com a foto da planta: maior, mais bela e agradável aos olhos. Retomei a reflexão daquela manhã onde outrora havia feito algo despretencioso, mas agora com crítica sobre meus pensamentos e o resultado em que cheguei, talvez o silência tenha sido o gatilho para aquela ação que desencadeu devaneios em minha mente. Neste momento, de todo o trânsito de ideais chego a dois pontos... Descrever como passei meu conhecimento adiante e cultivei uma boa amizade em toda a vizinhaça, deverás gratificante, mas prefiro focar na questão do silêncio ser meu refujo, um ambiente criado para proporcionar contato com meu intimo e permitir me abrir com Deus. Vem na cabeça o Salmos 4:8 que me sugere sobre a tranquilidade que alcanso com silêncio, a segurança que sinto, a serenidade na organização dos pensamentos e as respostas para as questões cotidianas. Não amigo, não venho falar de Deus, mas é inevitável comentar sobre quando a questão está diretamente relacionada a minha consciência, maneira de pensar e ver tudo. Não preciso falar de Deus, mas ele fala por si e aos outros diante de nosso comportamento.

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